Nós vamos todos falecer.

“Não é a morte que o homem deve temer, mas sim temer nunca ter vivido” - Marcus Aurelius
A morte é assustadora. O desconhecido mundo do “além” a que todos temos um bilhete grátis. O grande mistério inevitável. E para muitos, o maior medo.
E enquanto muitos evitam falar ou pensar sobre ela, até chegarem aos 65 e começarem a ver rugas agressivas e a comprar os livros “anti-aging”, os estóicos fazem questão que seja uma presença constante.
Agora, vejo muita gente a pensar: “Cambada de malucos! Pensar na morte!? Não podiam pensar noutra coisa mais alegre?”
Calma.
A isso pergunto: sabem quando estão a comer bolachas e tiram a ultima bolacha do pacote, só para descobrirem que ainda há mais uma bolacha lá no fundo!?
Sem duvida a melhor sensação da tarde.
É essa a maneira que os estóicos vêm os seus dias. “Como se cada um fosse o ultimo”… do pacote. Só para descobrir que amanhã ainda há mais um dia… ou uma Oreo.
A morte é apenas uma sucessão natural da vida, qual não conseguimos controlar.
É o fim.
E sabendo que há um fim, aproveita-se melhor o agora.
“Nisto erramos: em ver a morte à nossa frente, como um acontecimento futuro, enquanto grande parte dela já ficou para trás. Cada hora do nosso passado pertence à morte.” - Seneca
A lembrança recorrente da morte é uma alavanca para a apreciação do presente. Para compreender a finidade de todos os momentos e, como tal, nunca parar de contemplar a beleza que é a vida.
Obrigado mais uma vez pela presença. Partilha com alguém que necessite de se lembrar que vai morrer.
Miguel